Porcentagem de estrelas variáveis no diagrama HR, descobertas pelo satélite Hipparcos.
Em Astronomia, damos o nome de “estrelas variáveis” a alguns tipos específicos de estrelas cujo brilho varia consideravelmente num intervalo inferior a cem anos. As razões desta variabilidade são muitas, destacando as seguintes:
Estrelas variáveis pulsantes apresentam variabilidade em decorrência da pulsação de sua camada superficial. Tais pulsações modulam sua luminosidade, desencadeando variações periódicas em escalas de tempo que variam de minutos a até mesmo séculos. Um exemplo é a estrela Delta Cephei. É importante não confundir as variáveis pulsantes com pulsares – são coisas diferentes!
Estrelas variáveis rotacionais apresentam distribuição superficial de brilho não-uniforme. A variabilidade decorre da rotação axial da estrela em relação ao observador. A distribuição não-uniforme pode ser desencadeada por vários fatores, tais quais a presença de manchas ou mesmo pela falta de uniformidade termoquímica na estrela.
Estrelas variáveis eruptivas apresentam variabilidade em decorrência de erupções que ocorrem na cromosfera estelar. As mudanças de luminosidade, neste caso, são acompanhadas da ejeção de matéria na forma de vento estelar. Um exemplo muito “famoso” é a estrela Eta Carinae.
Estrelas variáveis eclipsantes apresentam variabilidade por conta de fatores externos à estrela. A variabilidade pode ser decorrente de um eclipse, e tal eclipse pode ser desencadeado por uma estrela próxima que forme um sistema binário ou mesmo por uma superterra, que oblitere periodicamente o brilho de sua estrela-mãe. Algol é uma estrela variável eclipsante.
Fontes de Raios-X são sistemas binários estelares em que um dos componentes é uma estrela compacta quente (exemplos: anãs brancas, buracos negros ou estrelas de nêutrons) que são fontes emissoras de raios-X.
Estrelas variáveis cataclísmicas são sistemas compostos por uma estrela próxima da sequência principal (ou seja, uma estrela cujo raio é parecido com o do nosso Sol), uma anã branca e um disco de acréscimo. A interação entre tais elementos desencadeia explosões constantes que fazem a nossa percepção do brilho variar.
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